segunda-feira, 23 de março de 2009

Hipocrisia leonina

Ainda falando da final da Carlsberg Cup, dizer que não gosto nada de ganhar assim, mas gosto ainda menos de perder assim. E isso já tem acontecido muitas vezes, nomeadamente com este árbitro.

Mas há uma coisa que me deixou muito contente em relação à final da Taça da Liga. É que embora com alguns anos de atraso, os Sportinguistas concordam que o Lucídio Batista é mau árbitro. Nós benfiquistas já tinhamos percebido isso há muito tempo. Ainda bem que agora, há mais alguém que concorda.

Estive a ver a estatística, e ela é esmagadora. Com Lucílio Baptista o Benfica teve mais jogadores expulsos, mais cartões amarelos, mais faltas assinaladas e mais penaltis contra si, do que com qualquer outro árbitro. Não é espetacular.

Mais, em 38 jogos que este árbitro apitou o Benfica, os encarnados apenas ganharam 17. É o registo mais baixo, comparando com outros árbitros ou com outras épocas do Benfica.

Mas há mais, Lucilio Batista é de longe o árbitro que expulsou mais jogadores do Benfica. Expulsou o Simão, expulsou o Valdo, expulsou o Poborsky, expulsou o Ricardo Rocha e o Leo (esse jogador indisciplinadíssimo) que foi expulso duas vezes, uma delas com dois amarelos num minuto.

Até me lembro de um jogo no Bessa, que o Lucílio conseguiu não ver 2 penaltis claros a favor do Benfica.

É desde esses tempos, que o Lucilio Batista é mau árbitro. Não é de agora. Os sportinguistas têm andado distraídos.

Esta coisa dos árbitros verem penaltis onde não existem, é de facto uma coisa antiga. Lembro-me por exemplo de um Sporting-Marítimo que acabou 2-1 e um golo do Sporting ser com um penalti que não existe. Jogo esse que acabaria por ser decisivo para o apuramento dos leões para a Champions. Era o Lucílio Batista o árbitro. Já era mau árbitro na altura. Mas nessa altura, o Sporting não saiu da Liga!

Mais, esta época para a Taça da Liga o Sporting ganhou em Vila do Conde com um golo em que o Vukcevic está 3 metros em fora-de-jogo. E o que é aconteceu nessa altura? Paulo Bento:"Sinto-me com a sensação de ter ganho um jogo com um golo irregular". Afinal ele sabe qual é a sensação. Que giro. O Tonel diz: "os árbitros erram umas vezes a nosso favor outras vezes contra", e o Vukcevic que marcou o golo diz: "Eu estou aqui para jogar, não estou para arbitrar, não sou árbitro". Um bocadinho diferente do tom do Algarve.

Por isso, quando não há coerência existe apenas hipocrisia.

5 comentários:

  1. Estiveste a ver o dia seguinte da SIC Notícias... Esses argumentos são do trengo do gajo do Benfica.

    Acho que esses argumentos são de quem querem arranjar desculpas para aquilo que aconteceu.

    Não vou dizer nada quanto ao caso, pois acho que já tudo foi dito, mas eu queria ver se isto acontecesse ao Porto.

    Quantas teorias já se tinham levantado...Assim, foi um erro do árbitro, sendo que o Benfica não tem culpa da incompetência dos mesmos.

    Moral da história: Como foi o Benfica, é incompetência. Quando é o Porto, é comprado.

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  2. Não o vi a SIC Notícias.

    Eu não estou a arranjar argumentos para nada. Aliás, argumentar o quê?

    Estou apenas a por em causa a decisão do Sporting de sair da Liga por causa de um suposto erro de arbitragem. E então os outros erros a favor, não contam? Ou só tomamos decisões quando quando somos prejudicados? A isso chama-se HIPOCRISIA.

    O que é que o Benfica fez depois do penalti não assinalado no Dragão, que muito contribuiu para sustentar o FCP no primeiro lugar?

    Quanto à vitimização do Porto, só se for para rir. Que eu saiba o Lucílio não tem problemas familiares, nem foi a casa do Vieira.

    Se há clube sem moral para falar é o Porto.

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  3. Como as escutas do Apito Dourado revelaram sobejamente poucos árbitros e dirigentes escaparam à vilania, porque a vilania se tinha tornado código moral do jogo dos bastidores.

    E como consequência, expôs com crueza a facilidade com que em Portugal se podem tolerar comportamentos torpes e tantas personalidades cujo mérito exclusivo é o dom para a mentira, paro o favor deletério ou para a construção de redes de interesses e de tráfico de influências, no futebol e não só.

    Isto, para mim – que não sou nenhum iluminado – é com toda a certeza a nota de rodapé que há-de ficar na pequena história do nosso futebol sobre o Apito Dourado. Por isso mesmo é que nunca compreendi e ainda hoje me causa a maior perplexidade, não só o silêncio cúmplice, continuado, da actual Direcção do Sporting a respeito dos graves desenvolvimentos vindos a lume sobre a matéria, como a forma colaborante como sempre tem apoiado os dirigentes da Liga e as suas propostas de decisão. Mesmo quando estas aparentam com toda a evidência contrariar os mais imediatos interesses dum clube sério.

    Dou um exemplo. Em 2008/2009, a tentativa de corrupção deixou de ser punida. Sabem (lembram-se)os meus amigos porquê? Porque a Assembleia Geral da Liga, reunida no início de Julho de 2008, sob a presidência de sua eminência Major Valentim Loureiro, deliberou rejeitar a proposta da Comissão Disciplinar da Liga, que dias antes tinha anunciado a punição do Boavista, do FCP e do Sr. Pinto da Costa. E quem votou a favor da bagunça? Além dos dragões, naturalmente, também o Sporting.

    Reparo agora que além deste tipo de prestação na Assembleia Geral o Sporting é o único clube dos três ‘grandes’ que integrava a Direcção da Liga, cargo ao qual agora veio renunciar na sequência de uma birra.

    Não tenho nada contra a birra. Acho muito bem que o Sporting proteste contra a credibilidade dos árbitros. Finalmente!

    Apenas pergunto, e os Sportinguistas que me perdoem: só agora?

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  4. Não percebo a discussão!

    Se quando ganhavam era desta forma, porque razão agora seria diferente?!?!?

    É uma vitória digna de toda a história do benfica!

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  5. Às vezes dá um certo jeito não perceber as coisas ou fazer que não se percebe. Porque não há palavras nem argumentos para contrariar toda a panóplia de barbaridades que têm sido cometidas ao longo dos últimos anos neste futebol português.
    Tudo tem girado em torno de interesses, sejam individuais, sejam colectivos, mas com um só denominador comum.
    E foi tão grande a pujança, que as performances têm sido fantásticas por parte de clubes fantásticos que não eram nada e hoje são tudo.
    Como esses senhores da SPORT TV, que não eram ninguém, hoje recebem 150 milhões por época e distribuem pouco mais de 40 milhões pelos clubes.
    Isto é que é saber negociar, uns de uma maneira outros de outra...
    A questão é que, quando se consegue manobrar e influenciar convenientemente, tudo gira sobre rodas, talvez até um dia cair...
    Mas tudo isto é reflexo da sociedade que temos, até um dia alguém com força suficiente, dizer BASTA!

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